Tecnopolíticas, democracia e urbanismo tático

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Natacha Rena (EA/UFMG), Ana Isabel de Sá (EA/UFMG) e Grupo de Pesquisa Indisciplinar – CNPQ/UFMG

O evento  envolvendo Seminário e Workshop pretende reunir um grupo de profissionais e pesquisadores interessados na investigação e na a aplicação das tecnologias digitais de comunicação aos processos de produção do espaço urbano. Partindo de um contexto de urbanização crescente junto da expansão tecnológica informacional observa-se uma transformação acelerada dos modos de vida nos territórios metropolitanos, mas ao mesmo tempo observa-se que não há uma incorporação correspondente desses raciocínios e recursos informacionais aos instrumentos de planejamento e gestão das cidades, sobretudo no que concerne ao fortalecimento do diálogo entre os seus habitantes e o poder público. Acredita-se que é urgente e necessário ao campo do urbanismo e das tecnologias de informação ampliar o debate para investigar e produzir tecnologia social aplicada ao desenvolvimento das cidades baseando-se em iniciativas como o movimento open source (software livre) ou peer to peer (entre pares) e, consequentemente, às políticas públicas urbanas nos mais diversos níveis envolvendo mobilidade, moradia, lazer, cultura, economia, agroecologia, etc. Pretende-se com este encontro ampliar o conhecimento relativo ao urbanismo tático e sua relação direta com a crise da representação e os novos modelos possíveis e desejáveis de democracia real.

Programação no Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa – ENTRADA FRANCA

02 de fevereiro (segunda-feira) • 14h às 21h

Mediação: Marcelo Maia (Indisciplinar /UFMG)

14h às 15h • Natacha Rena (Indisciplinar/UFMG)

15h às 16h • Fernanda Bruno (MediaLab/UFRJ) e Pablo de Soto (MediaLab/UFRJ)

Intervalo: Cafezinho

16h30 às 17h • Fábio Malini (LABIC/UFES)

17h às 17h30 •  Marcelo Maia (Indisciplinar/UFMG)

17h30 às 18h • Carlos D’Andrea  (Comunicação/UFMG)

18h às 18h30 • Eduardo de Jesus (PUC/MG)

18h30 às 19h • Fernanda Quintão, Ana Isabel e Paula Bruzzi (Indisciplinar/UFMG)

Intervalo: Lanche

20h às 21h • Domenico di Siena (Itália/Inglaterra)

03 de fevereiro (terça-feira) • 14h às 19h

Mediação: Eduardo de Jesus (PUC/MG)

14h às 15h • Giselle Beiguelman (USP)

15h às 16h • Tatiana Roque (UFRJ)

Intervalo: Cafezinho

16h30 às 17h • Alemar Rena (Indisciplinar/UFMG)

17h às 17h30 •  Monique Sanchez (UFOP)

17h30 às 18h • Clara Miranda (UFES)

18h às 18h30 •  Ana Clara (LabGeo/UFMG)

18h30 às 19h • Denise Morado (Praxis/Ufmg)

WORKSHOP: TECNOPOLÍTICAS, DEMOCRACIA E URBANISMO

TÁTICO com Domenico di Siena

DATA • 04 e 05 de fevereiro
HORÁRIO • quarta e quinta das 14h às 18h
LOCAL • Laboratório Radaméz – Escola de Arquitetura da UFMG
PÚBLICO • pesquisadores, ativistas, arquitetos, estudantes
MEDIADORES • Natacha Rena, Ana Isabel e Marcelo Maia
INSCRIÇÕES: indisciplinarufmg@gmail.com

Imagens: Grupo Indisciplinar – UFMG

GRIS 20 ANOS DE PESQUISA EM COMUNICAÇÃO

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O Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (GRIS), vinculado ao Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), completa 20 anos em 2014. Este é um momento de celebrar a trajetória do grupo.O GRIS agrega diferentes pesquisadores e é um grupo por onde já passaram variados estudantes (de graduação, iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado). É tempo de comemorar a consolidação de uma abordagem comunicacional acerca dos fenômenos, bem como de métodos e técnicas de pesquisa para a sua apreensão; e de refletir sobre esse percurso, fazendo um balanço das contribuições do GRIS para o campo da comunicação e apontando perspectivas abertas pelas pesquisas que vêm sendo desenvolvidas pelo grupo.

A proposta do III Colóquio em Imagem e Sociabilidade: 20 anos de pesquisa em comunicação é compartilhar algumas das contribuições do GRIS para o campo da comunicação e refletir sobre alguns de seus alicerces teóricos, bem como de seus desafios epistemológicos, metodológicos e empíricos. Nos dois colóquios anteriores organizados pelo grupo, tratamos de temáticas e conceitos específicos que orientavam nossas reflexões em determinados momentos: o tema do I CIS (2008) foi Comunicação Midiática – instituição, valores e cultura e o do II CIS (2011), Acontecimento: Reverberações. A ideia do III CIS (2014) é refletir sobre a trajetória do grupo ao longo desses 20 anos, por meio da interlocução entre os pesquisadores do próprio grupo e de outros estudiosos do país e do exterior que também participaram, de diferentes maneiras, desse percurso.

O evento será realizado nos dias 21, 22, 23 e 24 de outubro de 2014, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, no auditório A104 do Centro de Atividades Didáticas 2 (CAD 2).

Saiba mais: http://gris20anos.wordpress.com/

OS MIL NOMES DE GAIA

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Colóquio Internacional
Os Mil Nomes de Gaia: Do Antropoceno à Idade da Terra
De 15 a 19 de setembro de 2014
Local: Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro

http://osmilnomesdegaia.eco.br/

Realização:
Departamento de Filosofia da PUC-Rio
PPGAS do Museu Nacional – UFRJ

Há um sentimento crescente na cultura contemporânea de que a “humanidade” e o “mundo” — a espécie e o planeta, as sociedades e seus ambientes, mas também o sujeito e o objeto, o pensamento e o ser — entraram, já faz algum tempo, mas apenas agora com uma evidência cada vez mais difícil de ignorar, em uma conjunção cosmológica nefasta, associada frequentemente aos nomes controversos de Antropoceno e Gaia. O primeiro termo designaria um novo tempo, ou antes um novo conceito e uma nova experiência da temporalidade, nos quais a diferença de magnitude entre a escala da história humana e as escalas cronológicas da biologia e das ciências geofísicas diminuiu dramaticamente, senão mesmo tendeu a se inverter, com o “ambiente” mudando mais depressa que a “sociedade” e o futuro próximo se tornando, com isso, cada vez mais imprevisível e ominoso. O segundo, “Gaia”, nomearia uma nova maneira de ocupar e de imaginar o espaço, chamando a atenção para o fato de que nosso mundo, a Terra, tornado, de um lado, subitamente exíguo e frágil, e, de outro lado, suscetível e implacável, assumiu a aparência de uma Potência ameaçadora que evoca aquelas divindades indiferentes, imprevisíveis e incompreensíveis de nosso passado arcaico. Imprevisibilidade, incompreensibilidade, sensação de pânico diante da perda do controle, e talvez mesmo de perda da esperança: eis o que são certamente desafios inéditos para a orgulhosa segurança intelectual e o destemido otimismo histórico da modernidade. O título do colóquio, Os Mil Nomes de Gaia: do Antropoceno à Idade da Terra, faz assim referência a estes dois conceitos emblemáticos dentro do que chamaríamos de pensamento contemporâneo da crise.