A constante experiência do self: aproximações conceituais entre Dewey e Mead

Referência: SALGADO, Tiago Barcelos Pereira. A constante experiência do self: aproximações conceituais entre Dewey e Mead. Verso e Reverso, São Leopoldo, v. 26, n. 62, ano XXVI, p. 83-91, 2012/2. Disponível em: <http://www.unisinos.br/revistas/index.php/versoereverso/article/view/ver.2012.26.62.03/1017&gt; Acesso em: 03 set. 2012.

Título: A constante experiência do self: aproximações conceituais entre Dewey e Mead

Resumo: Temos em vista em nosso artigo uma abordagem relacional da comunicação. Nesse sentido, buscamos compreender o processo comunicativo a partir de um modelo praxiológico, como elaborado por Louis Quéré (1991), em detrimento de um modelo epistemológico, apreendido nas formulações iniciais sobre a prática comunicativa. Tendo o pragmatismo como eixo norteador de nossa argumentação, nos interessamos por entender e aproximar as noções de experiência e self discutidas por John Dewey (1896, 1980, 2010) e George Herbert Mead (1934). Ambos os conceitos nos parecem adequados para pensarmos a comunicação. Nossa finalidade é, então, constatar em que medida nos é pertinente argumentar que o self encontra-se em constante experiência e quais as implicações que permeiam essa relação conceitual.

Palavras-chave: comunicação, experiência, self.

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Experimenta-te a ti mesmo: a performance de Felipe Neto no YouTube

Um pouco sobre a minha pesquisa de mestrado:

Experimenta-te a ti mesmo: a performance de Felipe Neto no YouTube

Resumo: A nossa pesquisa filia-se à linha Pragmáticas da Imagem e à área de concentração Comunicação e Sociabilidade Contemporânea do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG. Pretendemos investigar de que maneira a performance de Felipe Neto no YouTube estabelece uma responsabilidade com a audiência e evidencia a dimensão espetacular e entretenida da prática performática nessa ambiência midiática. Nossa argumentação está centrada no corpo em ação como locus de realização do ato performático que enreda a vocalidade e a gestualidade do performer, bem como a coparticipação do público. Atentamos, ainda, para a lógica de produção e de difusão contemporânea de vídeos para web (webcasting) e sua dimensão mercadológica e publicitária. Para tanto, propomos realizar a coleta e análise de alguns vídeos de Felipe Neto postados em seus vlogs no YouTube tendo em vista a noção de performance enquanto operador conceitual.

Palavras-chave: Felipe Neto. Performance. YouTube.

Notas sobre performance

Compartilho minhas anotações sobre a aula "Introdução aos Estudos da Performance"[clique no nome] ministrada pela Profa. Dra. Leda Maria Martins durante o segundo semestre de 2011 pela Pós-Graduação em Estudos Literários da UFMG.

Outras referências:

a03v1124
arte_performance
ator_performer
construcao_performers_midias
dawnsey_simologia_performance
dawnsey_turner_benjamin_antropologia_performace
diana-final
formas_vida_imagem_andre_brasil
performance_vivido_andre_brasil
leitura_performance_zumthor_galaxia
CARLSON, Marvin. Performance: uma introdução crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
GOLDBERG, RoseLee. “A arte de ideias e a geração da mídia: 1968 a 200”. In: GOLDBERG, RoseLee. A arte da performance: do futurismo ao presente. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 142-217.
GOFFMAN, Erving. The presentation of self in evryday life.
DE LA GARDE, Roger. “As manifestações públicas da audiência”. Matrizes, USP, São Paulo, v. 4, n. 1, jul./dez. 2010, p. 193-202. Disponível em: http://www.matrizes.usp.br/index.php/matrizes/article/view/ 170/284. Acesso em: 27/12/2011.
RANCIÈRE, Jacques. “O espectador emancipado”. ArtForum, mar. 2007. Disponível em: http://antropofagia-interculturalismo.blogspot.com/2010/03/o-espectador-emancipado-artigo-de_12.html. Acesso em: 21/06/2011.
SCHECHNER, Richard (2003). “O que é performance”. In: O percevejo, Rio de Janeiro, ano 11, n.12, p. 25-50.
SIBILIA, Paula. “O artista como performer. Dilemas do eu espetacular nas artes contemporâneas.”.
Performance Presente Futuro. Catálogo Oi Futuro. vol. II [curadoria Daniela Labra]. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2009, p. 14-20.
SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
TAYLOR, Diana. “Acts od transfer”. In: TAYLOR, Diana. The archive and the repertoire: performing cultural memory in the Americas. London: Duke University Press, 2003a, p. 1-52.
TAYLOR, Diana. “Hacia una definición de performance.”. O Percevejo, Rio de Janeiro, ano 11, n.12, 2003b, p. 17-24.
ZUMTHOR, Paul. “A obra vocal.”. In: ZUMTHOR, Paul. Introdução à poesia oral. São Paulo: Editora Hucitec, 1997, p. 167-217.
ZUMTHOR, Paul. “A performance. A obra plena.”. In: ZUMTHOR, Paul. A letra e a voz: a “literatura” medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p .219-262.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, literatura. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.

Tendo um experiência – John Dewey

A seguir, algumas anotações da discussão sobre o conceito de experiência evidenciado na obra de John Dewey no GRIS – UFMG. Tomamos como base o texto “Tendo uma experiência” no livro A Arte como Experiência.

– Escola de Chicago / pragmatismo

– Pensamento como ação modificadora/transformadora do mundo

– Dificuldade na compreensão do texto

– Análise da sociedade da época: transformação dada no fazer

– Como se dá a experiência dos sujeitos

BENJAMIN – Experiência e pobreza: homens desprovidos de experiência ao voltarem da Guerra

– De viver a experiência para consumir a experiência (contexto da sociedade do espetáculo – Guy Debord)

– Ciência: experiência separada do eu – experimento/experimentação

SITUAÇÃO: contexto

– De qual contexto estamos falando? Das situações banais da vida cotidiana?

– Resistência: concentração de experiências passadas

– Texto dividido em 2 partes: 1) conceito de experiência 2) conceito de arte

– Artista: ator e receptor ao mesmo tempo de seu trabalho

– Experiência Estética: sentido de transformação. Ex.: Guernica de Picasso (não é preciso saber todos os símbolos ali envolvidos)

– Não é só por estar em contato com o ambiente que há experiência (Ex.: Pedra rolando)

– Uma experiência: padecimento sobre o sujeito

Delicadeza (Denílson Lopes) – sublime no banal: experiência na comunicação, para além dos meios de comunicação

– Hoje: experiências fragmentadas – ainda temos “uma” experiência?

– Uma experiência colocada no lugar da outra

– “Conclusão” x Consumação

– Reconhecimento x Percepção

– Experiência com e não experiência de

– Documentário: lugar posível para se ter “uma” experiência

– Arte = estética = fazer e padecer

– “Uma” experiência é algo que se experiencia individualmente?

– A experiência depende da situação

– Como pensar a relação entre experiência e acontecemento?

– Possibilidade de se ter “uma” experiência mesmo em meio à fragmentação das experiências

– Pensando a experiência como algo constituidor, onde pessoas buscariam suas experiências hoje?

TEXTOS PARA APROFUNDAR ALGUMAS QUESTÕES:

Experiência Estética e Experiência Mediada

FEATHERSTONE, Mike. A estetização da vida cotidiana. In: Cultura de consumo e pósmodernismo. São Paulo: Studio Nobel, 1995. p. 49-61.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Pequenas crises: experiência estética nos mundos cotidianos. In: GUIMARÃES, César; LEAL, Bruno; MENDONÇA, Carlos. Comunicação e experiência estética. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. p.50-63.

MENDONÇA, Carlos Camargos. Pequenas crises: experiência estética nos mundos cotidianos. In: GUIMARÃES, César; LEAL, Bruno; MENDONÇA, Carlos. Comunicação e experiência estética. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. p.103-116.

PRESENTATION ACONTECIMENTO PÚBLICO

capa

Trabalho apresentado durante a disciplina Mídia, Política e Opinião Pública do curso de Especialização em Imagem e Culturas Midiáticas da UFMG em 2009. A Apresentação trabalha com os conceitos de acontecimento discutidos por Louis Quéré, Gilles Deleuze e algumas fundamentações de J. Dewey. Clique na imagem e acesse o arquivo.

A seguir a matéria do JN que usamos para ilustrar nossa apresentação:

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